Olá, pessoal. Nas últimas duas semanas eu tenho falado sobre a importância da videoaula e seu valor como recurso pedagógico. No último post, eu acabei dando algumas sugestões sobre cuidados que devem ser observados na preparação de uma videoaula. Hoje, para concluir, trago ferramentas que se mostraram poderosas aliadas quando me aventurei na produção de conteúdo pedagógico audiovisual e que podem fazer a nossa vida muito mais fácil quando formos produzir e compartilhar esse tipo de conteúdo.
O EdPuzzle é uma plataforma excelente para o uso de vídeo como ferramenta didática, seja uma videoaula ou qualquer outro vídeo. Ele permite o uso de vídeos do próprio computador ou do YouTube, além de importar turmas e ferramentas do Google Classroom. Sem dúvida uma poderosa ferramenta didática para edições rápidas e para combinação de atividade pedagógica com vídeo. Ele permite que o professor adicione notas (de áudio e texto) e perguntas (discursivas e objetivas) no vídeo, criando uma atividade interativa e completa. Eu já fiz um post inteiro só com um tutorial prático para o uso dessa ferramenta e recomendo fortemente.
O CamTasia é um software profissional desenhado especificamente para a produção de videoaulas. Ele permite a gravação da tela do computador e do professor usando a câmera do notebook simultaneamente para a criação de tutoriais e videoaulas. Além disso tem uma interface muito amigável, tutoriais em vídeo na própria página do desenvolvedor e uma biblioteca vasta de recursos de áudio e vídeo como animações e introduções prontas. E tudo isso em um formato de uso bem intuitivo de clicar e arrastar para montar os vídeos.
No futuro, pretendo fazer um tutorial detalhado do CamTasia como fiz do EdPuzzle, mas por hora, os vídeos que tem no site do software são bem didáticos. O único lado ruim é que os vídeos estão em inglês, mas não faltam vídeo-tutoriais no YouTube como este aqui.
Editores Online
O CamTasia é um programa pago e, portanto, muitos podem não ter como acessá-lo. O mesmo vale para outros editores profissionais como o Adobe Premiere e After Effects ou o Sony Vegas Pro. Porém, isso não é mais problema, uma vez que há uma infinidade de editores online altamente intuitivos e de fácil uso. À medida que produtores de conteúdo em vídeo foram surgindo, a demanda por ferramentas de edição mais rápidas e leves também cresceu, levando a uma explosão de opções para quem deseja fazer edições rápidas e simples. Neste quesito, eu destaco 3 ferramentas altamente intuitivas no uso e que, apesar da simplicidade, produzem um resultado de alta qualidade: Kizoa, Online Vídeo curter e o Climchamp. Todos têm a mesma estrutura de oferecer as ferramentas em uma plataforma online onde você faz upload do material gravado e edita direto na plataforma usando ferramentas de uso simples e intuitivo e/ou templates prontos. Essas plataformas oferecem contas pagas que possuem uma gama muito maior de recursos, mas os pacotes gratuitos são bem satisfatórios para produzir vídeos de muita qualidade sem demandar muito tempo.
Já falei em mais de um texto sobre a plataforma Alura de cursos online. Sou grande consumidor e assinante e recomendo fortemente para cursos de todo tipo, desde o design de apresentações em powerpoint mais dinâmicas e interessantes, até cursos sobre aumento de produtividade e organização. Dentro da temática deste post, a Alura tem cursos de edição de vídeo nas plataformas adobe (Premiere Pro para edição e After effects para animações) que vão desde as produções mais simples até vídeos institucionais profissionais. Outra plataforma de cursos que tem surgido no Brasil com essa iniciativa é Udemy. Eu ainda não usei, mas muitos colegas têm elogiado bastante a diversidade e qualidade dos cursos oferecidos.
Bom, vou ficando por aqui e gostaria de ressaltar que, independente da ferramenta de gravação ou edição, o importante é começar. Quando começamos a produzir este tipo de material não só vamos aprendendo aos poucos como melhorar os elementos, como também vencemos a barreira do “não consigo”. Por meses eu pensei em fazer videoaulas, mas sempre desistia pensando que não ficaria bom, ou nem sabia por onde começar ou que daria muito trabalho fazer algo de qualidade. Realmente dá trabalho, mas é bem menor do que imaginamos porque tendemos a exagerar (inconscientemente) a dificuldade daquilo que é desconhecido. É um tipo de medo que nos impede de arriscar. Por isso, é sempre bom começar a fazer para perder esse medo, desmistificar a coisa e, a partir daí, ir aprendendo e lapidando nosso material.
Como sempre, espero ter contribuído e até a próxima semana.
Adorei as dicas, vou experimentar!